quinta-feira, 18 de abril de 2024

A crueldade da Câmara Municipal do Cadaval


Esta imagem não é de um cão tranquilo ou feliz. É de um cão em sofrimento.





Esta imagem é um plano de pormenor do cartaz com que a Câmara Municipal do Cadaval, com uma assinalável falta de sensibilidade e de bons sentimentos, anuncia uma "corrida de galgos" a realizar neste sábado, ao sol, entre as 9 e as 17 horas.




A Câmara Municipal do Cadaval é uma entidade pública que devia dar o exemplo no que se refere ao tratamento (ou aos maus-tratos) dos animais, em geral, e dos animais domésticos, em particular. E não usar dinheiros públicos para pôr de pé um exercício absurdo de crueldade.





Branqueamento (2)


Há, de forma muito clara, uma tentativa de branquear todos os disparates (muitos deles objectivamente criminosos) postos em prática pelos políticos, e pelos médicos e alegados cientistas que os serviram nesse propósito, durante os anos de 2020 e 2021.

Este exemplo de hoje, dessa fábrica de falácias que é a CNN tuga, confirma-o:




O SARS-CoV-2, o vírus da covid-19, tem as costas largas. 

Os "estudos", que servem para tudo e para o seu contrário, são sempre úteis, em especial se forem apoiados pelos delegados de propaganda médica das farmacêuticas. 

Servem para tentar esquecer as vacinas tipo "fast food", impostas pela pressão social e política e sem ensaios e testes suficientes, o desaparecimento de rastreios e de exames durante largos períodos de dois anos seguidos, o bloqueio dos mecanismos de imunidade natural ao nível mais básico... e tantas outras causas que contribuíram para a debilidade humana generalizada.

Além disso, os políticos podem ser sempre chamados a tribunal. Os vírus é que não.





quarta-feira, 17 de abril de 2024

Ler jornais já não é saber mais (211): "cherchez la femme"

Jornalismo em circuito fechado do tipo "só entendedores entenderão": o "Jornal de Notícias" afirma isto na primeira página, mas não diz quem é a beneficiária de movimentações (as "saídas"... para onde?) que, neste título tão desastrado, sugere que são concertadas...








domingo, 14 de abril de 2024

A guerra santa da imprensa do querido líder Pedro Nuno


O que até talvez fosse fácil de prever, se o resultado das eleições legislativas de Março não fosse tão incerto, confirmou-se com o episódio da representação do ovo estrelado, com o coro de idiotices a respeito de Pedro Passos Coelho e com a estreia do novo Governo: a imprensa que medrou à sombra do PS e dos seus favores, e que se aninhou no regaço do novo chefe do PS, a quem carinhosamente tratou sempre por "Pedro Nuno", tipo parceiro de cama, lançou-se na guerra santa contra o Governo da AD.

O PS transformou a Bandeira Nacional num travesti: uma reprodução da bandeira nacional italiana com um ovo estrelado no meio. O travesti custou cerca de 70 mil euros, dados para o efeito a um "designer" da moda que se apressou a anunciar que recebera "ameaças de morte" quando o ovo estrelado foi para o lixo.

A motivação do PS, para fazer a coisa, não é compreensível. Se a representação gráfica estava, nesta circunstância, em branco, podia tê-lo feito com alguma legitimidade. Não estava, teria sido preferível não mexer. 

Note-se que foi o PS que, em 1996, era António Guterres primeiro-ministro de um seu governo, promoveu a divulgação dos símbolos nacionais (a Bandeira Nacional e o Hino) nas escolas. Se fosse hoje, Guterres, o seu ministro da Educação (Eduardo Marçal Grilo) e o seu comissário político para a educação (Guilherme d'Oliveira Martins) seriam rapidamente considerados fascistas.


Uma magnífica criação artística: um ovo estrelado em bandeira alheia




De cima para baixo: a representação visual que o PS herdou, a que agora vigora e o ovo estrelado




O livro que acompanhou, em 1996, a divulgação dos símbolos nacionais nas escolas
feita por um governo do PS


A substituição do ovo estrelado por uma representação da Bandeira Nacional foi uma das primeiras medidas do novo governo, de Luís Montenegro. Foi interessante ver como a imprensa do querido Pedro Nuno, a começar pela CNN tuga, se atirou à medida, menosprezando-a e, na prática, declarando-a como ridícula por ter sido uma prioridade.

A guerra santa ficou lançada com este episódio e agora já se sabe como tudo o que aparece no campo político da AD e do actual governo é mau, é negativo, é talvez maligno, é uma expressão de fascismo e uma "cedência" ao Chega, será tudo isto, mais alguma coisa e um par de botas.

Veja-se o que aconteceu com a anunciada redução do IRS, relativamente à qual circula tanta informação que é difícil perceber como vai ser. Estes títulos da CNN tuga (a vanguarda do querido líder Pedro Nuno) dizem tudo:


Na prática, como será? Não se sabe.




O cidadão-eleitor-contribuinte quer, como é natural, pagar menos impostos. Mas terá dificuldade em saber se terá essa sorte quando lhe atiram reduções traduzidas globalmente em milhões de euros e embrulhadas em acusações. Na guerra, no entanto, vale tudo.

A guerra santa, como seria inevitável, visou também o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho (e uma sua intervenção pública). A imprensa do querido líder atacou-o em força e o que o "Expresso", esse outro bastião da coisa, faz é o melhor exemplo:   


Pedro Passos Coelho: têm-lhe medo...

As criaturas que no "Expresso" escrevem sobre o assunto oscilam entre a esquerda... e a esquerda. Nem é preciso ler o que escrevem para se perceber ao que vêm. Com uma excepção: o jornalista Henrique Monteiro tem, no seu comentário, um momento de lucidez e de inteligência. É raro, assinale-se. 

Para reforçar a tónica do ataque, o "Expresso" destaca, coladinho ao assunto, uma expressão muito resumida (o texto, no interior, é menos taxativo) sobre o que será uma interpretação conservadora do modelo tradicional da "dona de casa" por parte de um distinto jurista abertamente conservador, cujas ideias nem sequer podem ser consideradas inovadoras. É como se Pedro Passos Coelho nunca tivesse passado pela experiência de ser ele próprio, como tantos homens, "dona de casa". Mas, para o "Expresso", só pode perfilhar o que diz o jurista.

Dependendo dos favores do Estado do PS, e ansiosa pelos dinheiros que esses favores lhe rendem, esta imprensa não parará enquanto não conseguir ter o seu querido Pedro Nuno de novo em São Bento e poder regressar à cama do poder.



quarta-feira, 10 de abril de 2024

Pedro Passos Coelho

 


Não li o livro que está agora no centro da polémica ateada pelo pensamento único da "esquerda" da imprensa, e que se intitula  "Identidade e Família – Entre a consistência da tradição e as exigências da Modernidade", e que reúne ensaios de vários autores. 

Mas registo (e saúdo) o que é, para todos os efeitos, o regresso de Pedro Passos Coelho à intervenção política. 

É uma intervenção serena e responsável, como não podia deixar de ser, convicta e digna. E é aquela que se esperaria de um dos políticos mais destacados dos nossos anos e que eu, como muitas outras pessoas, gostaria de ver regressado à cena política e como Presidente da República a partir das eleições de 2026.

A sua intervenção, que merece ser lida e com atenção, está toda aqui. Mas há uma passagem que me parece especialmente significativa e que aqui registo, remetendo quem me lê para o respectivo link:

«(...) há rótulos que são colocados com uma intenção clara de desqualificar aqueles que lançam as discussões, de os diminuir e de os condicionar. E, desse ponto de vista, Portugal, apesar de algum atraso nesta abordagem, também vem conhecendo este vício que diminui o espaço público e procura, de certa maneira, reconduzir certas discussões, que são discussões que interessam a toda a sociedade, a uma espécie de gente que é ultramontana, ultraconservadora, e outras coisas que normalmente se seguem a estas, dependendo daquilo que estamos a falar. Quando estamos a falar de economia, ultraliberais, pelo menos ultraliberais, neoliberais e por aí fora. Quando estamos a falar de aspetos mais politizados, é fácil descambar a linguagem para rótulos de extrema-direita, radical, fascista - eu fui fascista imensas vezes olhando às classificações que me foram atribuídas.

Evidentemente que as pessoas, quando estão razoavelmente seguras do que pensam, do que são, não se incomodam muito com essas coisas. E eu nunca me incomodei muito com isso. Para ser sincero, nunca me incomodou. Mas incomoda-me um bocadinho, como cidadão, como português, que estas caricaturas excessivas sejam utilizadas no espaço público por quem tem proeminência no espaço público. Porque isso, evidentemente, torna o nosso debate muito mais estreito, muito mais pobre e eventualmente um debate radicalizado, que não deixa espaço nem para a propalada tolerância que nós precisamos de ter, não deixa espaço para compromissos, não deixa espaço para um desígnio comum, coletivo, que possa representar, pelo menos de acordo com o método democrático, uma escolha que seja feita pelo conjunto das pessoas. (...)»





segunda-feira, 8 de abril de 2024

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Será verdade?

 



Em resumo e com link no jornal "Boston Times": o governo da Ucrânia está a aplicar um programa de fertilização forçada e selectiva das mulheres ucranianas para conseguir chegar à "raça superior" ucraniana, com inspiração no programa vagamente metafísico dos nazis alemães intitulado "Lebensborn".

Será verdade?




quinta-feira, 4 de abril de 2024

Uma história de escuridão

Até ao passado domingo, já começava a ver-se a claridade do amanhecer depois das seis horas. A partir desse dia, e com a aplicação de uma das coisas mais estúpidas com que temos sido obrigados a viver (e a morrer) que é a "mudança da hora", passou a ser noite outra vez. É preciso agora esperar quase pelas sete e meia para voltarmos a ver a claridade do dia. 

É um retrocesso. É uma "mudança" boa para mandriões e delinquentes, juvenis e outros. É a expressão de um país calaceiro, que se sente bem na cama, que rejeita a actividade. 

A manutenção da "mudança da hora" pelo regime do pior primeiro-ministro que nos calhou num momento de azarento oportunismo não é uma obrigatoriedade da melancólica União Europeia em que vivemos. Não tem fundamento racional nenhum. 

No nosso caso, é apenas, ainda, a expressão do absolutismo desse chefe de Governo, o do "habituem-se" por mais quatro anos que saiu ao fim de um ano, por claríssimas indecência e má figura.

Espero que o actual Governo, que parece mais racional do que aquele que fomos obrigados a sofrer durante oito anos, possa reverter esta imbecilidade. Que é um símbolo medonho do obscurantismo totalitário do PS desta horrenda criatura.








terça-feira, 2 de abril de 2024

Uma engenhosa originalidade: as bem apresentadas "pirâmides" do Recanto


Carnes grelhadas, ananás grelhado, arroz branco, feijão preto com bacon e batatas fritas - a combinação destes ingredientes é sempre saborosa, em especial se a matéria-prima é boa, mas servi-los pode ser uma tarefa delicada, porque a tendência será para que tudo se misture na travessa. 

Mas há uma alternativa e o restaurante Recanto, em Caldas da Rainha, já a pôs em prática com as suas "pirâmides". 

A ideia é de génio: um pequeno escadote, com três níveis que servem de tabuleiros, onde a comida é servida sem que os vários componentes e sabores se misturem. No primeiro nível, que podemos definir como rés-do-chão, estão três recipientes onde são servidos o arroz, o feijão e as batatas fritas. No segundo, o primeiro andar, estão as carnes e, no terceiro, o segundo andar, estão os enchidos e as salsichas e as rodelas de ananás.

As "pirâmides" (Pirâmide de Carnes, que é esta, e Pirâmide Premium, com camarões) ocupam menos espaço na mesa do que as várias travessas em que os vários ingredientes teriam de ser servidos, ficam ao lado dos clientes sem impedir que as pessoas que estão à mesa se vejam e, visualmente, permitem o destaque de todos os ingredientes, mantendo ainda a temperatura a que os alimentos usados são cozinhados.

Marco Roque, que gere o Recanto e que criou as "pirâmides", diz que não conhece mais nenhum restaurante onde estes dispositivos existam e, pela minha parte, também nunca os vi. 

Ontem, dia de estreia de uma carta renovada no Recanto (que inclui, por este mês, um sugestivo bife com molho de francesinha), fiquei conquistado por esta engenhosa ideia. Que, aliás, não se cingirá às carnes e à combinação das carnes com os camarões. Marco Roque garante que já tem outras ideias para as suas "pirâmides" e eu espero que sim, porque elas são uma verdadeira... pirâmide de oportunidades para a cozinha do Recanto poder brilhar.